Boris Casoy, âncora do jornal noturno da Band, creditou ao ex-presidente Lula a morte da socialite Eliana Tranchesi, se superando na arte de falar asneira (www.cutucandodeleve.blogspot.com).
Boris acaba de completar 71 anos (13/02) e não reviu um décimo de milímetro de seus conceitos (na verdade preconceitos) desde sua juventude. Pelo contrário, até acho que piorou e muito. Para quem não sabe, ele fez parte, apesar de negar, de um grupo de extermínio chamado CCC-Comando de Caça aos Comunistas, no auge da ditadura militar, lá por volta de 1968, quanto então tinha vinte e poucos anos. Não se transformou e, quem não se transforma com o tempo, perde a própria fôrma.
Pois é, Casoy está perdendo, além da fôrma, a sanidade mental. Vive atualmente um surto de insanidade social e se envereda pela rotinização do impensável. Está cada dia mais irascível. Os anos não lhe fizeram bem. Seu ódio pela esquerda beira à loucura. Seu cérebro parece circular numa espiral de irracionalidades. Não falo só pelo comentário em pauta, mas por todos os comentários desairosos e injuriosos que vem despejando há anos através da mídia que o acoita.
Boris é um dos cinco filhos de imigrantes judeus russos e diz ter sofrido muita discriminação na infância, mas parece nada ter aprendido a respeito. Mostra-se cada vez mais intolerante, irônico, debochado mesmo, quando o assunto envolve os governos Lula e Dilma. Não raro arruma um jeitinho de encaixar os dois em algum assunto polêmico, mesmo que nada tenha a ver, como fez agora.
O jornalista da Band é fértil na arte da falta de caráter estético. Pela definição de Nietzshe, “a vida nada mais é que um fenômeno estético”, acredito que Casoy já deixou a vida há tempos, e se transformou num zumbi a perseguir insanamente quem não comunga com seus preceitos odientos. Viúva da ditadura militar. Aquele que vive do passado desconhece o presente, e tragicamente está fadado a não ter futuro.
O homem existe para ser superado, mas Boris Casoy vai se tornando insuperável, na sua decadência como ressentido, que se convulsiona pela memória dilacerante do passado que o inferniza. Arrisco mesmo dizer que ele é um ressentido moral, contaminado com a sua própria condição ignóbil, gerando uma enorme tristeza e remorsos incontornáveis. Boris é um caso médico, ou melhor, sua patologia encontra a melhor explicação na medicina psiquiátrica. A loucura nem sempre se apresenta como tal.
É o caso de se perguntar, até quando a Band vai dar guarida a Boris Casoy. Ou talvez seja o caso de, pela genealogia moral da emissora, usar o jornalista para externar suas próprias convicções, enquanto lhe for útil, não consiste em falta de ética ou pudor.
Jéferson Malaguti Soares
Ribeirão das Neves-NG
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