domingo, 24 de julho de 2011

Comentários Políticos: Jornalismo Independente

"Em jornalismo,produção significa a coleta de informações e imagens,bem como a organização dessa tarefa.O que se busca é a noticia:o fato comprovado,relevante e novo. Quanto mais um fato puder gerar consequencias para o mundo, para a sociedade ou para a maioria dos leitores,mais relevante ele é.Quanto mais inesperado, mais noticioso; quanto maior a força de quem está interessado em ocultá-lo, também." O texto que voce acaba de ler faz parte do Manual da Redação do jornal Folha de São Paulo, editado em 1992.
No entanto o jornal e a quase totalidade da mídia nacional - exceção apenas para a revista Carta Capital - substituiu o conceito de produção em jornalismo para o de "como se produz uma noticia" de acordo com os "nossos"(deles) interesses. Por exemplo, quando se fala em "mensalão" a imprensa se lembra apenas do caso que afetou o PT. Não faz qualquer alusão ao fato de que a jogada foi criada durante o governo do ex-governador Eduardo Azeredo(PSDB-MG) quando de sua tentativa frustrada de se reeleger em 1998. Outro exemplo: a mídia escondeu ou procurou esconder até agora o filho adulterino do ex-presidente FHC com uma jornalista da Globo.No entanto se encheu de pundonores para agredir o candidato Lula no tocante à sua filha, também ilegitima, Lurian Cordeiro. Lula assumiu a filha mas FHC só veio a tratar do assunto agora, quando o rapaz já tem mais de 20 anos, exclusivamente para tratar do sensivel tema do direito à herança. Descobriu-se depois do DNA que na verdade o moço não é filho de FHC, que escondeu durante todos esses anos, não somente o suposto filho, mas suas estripolias extramatrimoniais.
Grande escandalo fez também a mídia quando se descobriu que Fernando Collor tinha um filho extraconjugal.
Causa espanto que uma imprensa sempre tão ciosa de ter seu direito à liberdade de expressão cassado, censurado, suprimido, tenha de livre e espontânea vontade (editorial) desistido de divulgar assunto tão mobilizador de corações e mentes, quanto o do filho de FHC com jornalista da Rede Globo. Já imaginaram quanto custou a FHC e, por tabela, ao país, esconder isso por mais de 20 anos? É bom lembrar que a maior fatia dos gastos com publicidade durante os governos FHC foi destinada às Organizações Globo. Vende-se caro o silêncio na mídia tupiniquim.
Nossa mídia confunde liberdade de imprensa com jornalismo partidário de oposição. O partido da imprensa brasileira, como bem definiu o jornalista Paulo Henrique Amorim, da Rede Record , é o PIG-Partido da Imprensa Golpista.
Como disse Publio Terencio, dramaturgo e poeta romano que viveu entre 185 AC e 159 AC : " O favor gera amigos;a verdade, ódio". Acontece que determinados favores custam muito caro, e os amigos de hoje podem ser os inimigos de amanhã.

Jeferson Malaguti Soares

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Comentários Políticos: Aécio Neves - O Descabido

"Outra emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias,apresentada pelo senador Aécio Neves(PSDB-MG),sujeita qualquer operação de transferencia de recursos do Tesouro para autarquias,fundações,empresas públicas e sociedades de economia mista da esfera federal à aprovação pelo Congresso.Ou seja,caberia ao Parlamento tomar decisões estratégicas de competência do Executivo...assistimos agora à usurpação legislativa do poder"(CartaCapital,edição 655,pag.25-A Semana).
Trocando em miúdos, Aécio não quer permitir ao governo federal as mesmas estripolias que perpetrou durante seus governos em Minas.Não que o Planalto fosse cometer irregularidades como ele cometeu, mas a intenção do senador é a de engessar a economia pública através do Orçamento anual. Aécio, durante seus 7 anos e meio à frente do executivo em Minas, manipulou verbas transferindo para a Cemig e a Copasa cerca de 800 milhões de reais para que aquelas empresas públicas gastassem o dinheiro em publicidade junto aos órgãos da imprensa mineira, com o propósito de angariar sua simpatia. Essas transferencias e manipulações do dinheiro público Aécio fez e Anastasia continua fazendo, sem consultar o Legislativo mineiro e nada foi divulgado haja vista a mídia daqui já estar devidamente encabrestada. Não é só isso. Mesmo depois de aprovados pelo Legislativo os orçamentos anuais do Estado, Aécio transferia recursos de uma área para outra da administração pública, sem consulta obrigatória à Assembléia Legislativa, e não foi incomodado porque a base de seu governo era composta pela maioria esmagadora dos deputados estaduais, que também foram regiamente locupletados com emendas e outros mimos. Mais uma vez a imprensa mineira, acalentada pelo "cala boca" de Aécio, não tugiu nem mugiu.
Na verdade, Aécio Neves, o pequeno rei dos mineiros, é mesmo um cara de pau, e a nossa imprensa refém do jabaculê estatal.

Jeferson Malaguti Soares
Ribeirão das Neves-MG.