segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Comentários Políticos: Boris Casoy culpa Lula pela morte de ex-dona da Daslu.

Boris Casoy, âncora do jornal noturno da Band, creditou ao ex-presidente Lula a morte da socialite Eliana Tranchesi, se superando na arte de falar asneira (www.cutucandodeleve.blogspot.com).
Boris acaba de completar 71 anos (13/02) e não reviu um décimo de milímetro de seus conceitos (na verdade preconceitos) desde sua juventude. Pelo contrário, até acho que piorou e muito. Para quem não sabe, ele fez parte, apesar de negar, de um grupo de extermínio chamado CCC-Comando de Caça aos Comunistas, no auge da ditadura militar, lá por volta de 1968, quanto então tinha vinte e poucos anos. Não se transformou e, quem não se transforma com o tempo, perde a própria fôrma.
Pois é, Casoy está perdendo, além da fôrma, a sanidade mental. Vive atualmente um surto de insanidade social e se envereda pela rotinização do impensável. Está cada dia mais irascível. Os anos não lhe fizeram bem. Seu ódio pela esquerda beira à loucura. Seu cérebro parece circular numa espiral de irracionalidades. Não falo só pelo comentário em pauta, mas por todos os comentários desairosos e injuriosos que vem despejando há anos através da mídia que o acoita.
Boris é um dos cinco filhos de imigrantes judeus russos e diz ter sofrido muita discriminação na infância, mas parece nada ter aprendido a respeito. Mostra-se cada vez mais intolerante, irônico, debochado mesmo, quando o assunto envolve os governos Lula e Dilma. Não raro arruma um jeitinho de encaixar os dois em algum assunto polêmico, mesmo que nada tenha a ver, como fez agora.
O jornalista da Band é fértil na arte da falta de caráter estético. Pela definição de Nietzshe, “a vida nada mais é que um fenômeno estético”, acredito que Casoy já deixou a vida há tempos, e se transformou num zumbi a perseguir insanamente quem não comunga com seus preceitos odientos. Viúva da ditadura militar. Aquele que vive do passado desconhece o presente, e tragicamente está fadado a não ter futuro.
O homem existe para ser superado, mas Boris Casoy vai se tornando insuperável, na sua decadência como ressentido, que se convulsiona pela memória dilacerante do passado que o inferniza. Arrisco mesmo dizer que ele é um ressentido moral, contaminado com a sua própria condição ignóbil, gerando uma enorme tristeza e remorsos incontornáveis. Boris é um caso médico, ou melhor, sua patologia encontra a melhor explicação na medicina psiquiátrica. A loucura nem sempre se apresenta como tal.
É o caso de se perguntar, até quando a Band vai dar guarida a Boris Casoy. Ou talvez seja o caso de, pela genealogia moral da emissora, usar o jornalista para externar suas próprias convicções, enquanto lhe for útil, não consiste em falta de ética ou pudor.

Jéferson Malaguti Soares
Ribeirão das Neves-NG

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Comentários Políticos: Privatização dos Aeroportos?

Não me surpreenden as acusações ao governo Dilma, em vista da concessão de tres aeroportos à administração da iniciativa privada. O PIG-Partido da Imprensa Golpista, acusa o PT, com ironia e deboche, de se ter rendido à ideologia privatizante do PSDB. Como sempre, a mídia nacional avalia pelo lado que melhor lhe aprouve.
Cabe lembrar duas facetas que ela esconde propositalmente: primeiro que o governo " concedeu" a exploração e manutenção dos aeroportos, por um período finito, que poderá ser prorrogado, logo, não os privatizou e, segundo que o dinheiro arrecadado com a concessão (24 bilhões) tem destinação certa e fiscalizada pela CGU (Controladoria Geral da União), bem diferente do que aconteceu nas privatizações dos governos FHC, que vendeu a VALE por preço de banana - tres vezes e meia a menos do que o atual governo arrebanhou com as atuais concessões - e até hoje não deu conta de onde foi parar o dinheiro. Isto só para exemplificar com a venda da VALE, fora as dezenas de outras mazelas privatizantes dos governos tucanos, federal e estaduais.
Ora, as concessões diferem das privatizações. Na concessão o patrimônio público não é transferido ou alienado. O patrimônio permanece da União Federal, não o transferindo de forma permanente. Além disso, as concessões atuais serão pagas, com recursos próprios dos vencedores das licitações e sem uso de “moedas podres” no negócio ou financiamento do BNDES. Ou seja, nenhum financiamento público será destinado à arrematação da concessão. De outro lado, na privatização (tucana) todos os arremates foram pagos com financiamentos públicos, a perder de vista e juros baixíssimos.
Tanto as privatizações tucanas, quanto suas consessões de rodovias, visaram o lucro do concessionário, ao entregar o patrimônio nacional a preços irrisórios. Na concessão do governo Dilma, visou-se preservar o bolso do consumidor e a coisa pública. Bem diferente, mas o universo midiático nacional acredita que somos patetas, tal qual ele o é.

Jeferson M. Soares

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Comentários Políticos: Troca Desvantajosa

Durante as comemorações pelos 458 anos de São Paulo, o defectível ex-presidente FHC, sentado ao lado da presidenta Dilma, fez a seguinte proposta a ela: "voce larga o Lula que eu abandono o Serra"...Não vai aqui nenhuma ironia, mas a constatação de uma realidade. Primeiro, a importância de FHC no contexto nacional hoje, frente à de Dilma, é uma traço. Ele não sabe, ou finge não saber, que não está em condições de propor nada a Dilma nem ao povo brasileiro. Segundo, essa é uma troca por demais desvantajosa para a presidenta. Caberia a ela perguntar a FHC, quanto ele voltaria pelo negócio. Sim, porque comparando a uma troca de automóveis, por exemplo, enquanto Serra é representado por um Fusca 68, Lula o é por um Passat 2012. Enfim, se somarmos o peso politico de todos os tucanos, não chega nem perto do valor politico de Lula. Acorda Fernando Henrique!

Jeferson M. Soares - Ribeirão das Neves