O presidente Obama disse hoje na ONU que não cabe às Nações Unidas levar a paz ao oriente médio. Ora, para que servem então as missões de paz da ONU espalhadas pelo mundo? Haiti,Iraque e Guiné , por exemplo. Só não servem para os palestinos?
O problema reside exatamente nesta palavra:liberdade. O principio libertário para os EUA vale apenas para seu povo. Israel tem um monstruoso desenvolvimento das modernas técnicas de extermínio. Israel é, portanto, um estado totalitário, muito mais que a Alemanha de Hitler. Liberdade para Israel também , mas sob a tutela imperialista norte-americana.
Ficou claro hoje na ONU que, nem sempre quem debate e defende a justiça, está disposto a agir de forma justa. A essência da democracia está no pleno domínio da justiça, enquanto a injustiça é caracteristica maior das tiranias. Questiono então se os EUA são apenas um país imperialista ou se também não são um país totalitário. A reboque dos EUA vem Israel, da mesma forma, um país extremamente totalitário. A onipotência desses dois países é tal que , para eles nada muda estarem sujeitos às leis.Eles fazem suas leis e, dentro delas ,não cabem conceitos como honra, ética, polidez, coragem, respeito ou cuidado para com o outro. Usam da violência com o único propósito de protegerem seu espaço politico no planeta. Contudo, as guerras, as ocupações e o poderio atômico, reduziram o exercício da política a meros discursos vazios.
No caso específico do oriente médio, já ficou muito claro que a montagem do Estado de Israel se deu com base na submissão aos interesses norte-americanos. Fazer de Israel uma base militar dos EUA no Oriente Médio, sintetiza a opção dependente que restou aos dirigentes sionistas para realizarem seu projeto, o qual acabou se transformando no grande gueto, apoiando-se e apoiado pelo império norte-americano. Criou-se um Estado que nasceu em contradição com a sua população histórica, o povo palestino. Criou-se um Estado o qual possuía, como contradição secundária, a exclusão social dos árabes judeus, colocados em condição econômica de extrema inferioridade. Judeus, apenas os sionistas, olhos azuis, pele rosada, cabelos loiros. Esse é o Estado criado com tantas contradições que vive em um estado de guerra quase diário e, que não tem a menor condição de se auto sustentar sem o gigantesco suprimento de um aparato militar, proporcionado pelo imperialismo totalitário norte-americano.
Enfim, a mentalidade colonial sionista protagoniza a mais cruel solução racista para a questão judaica. O sionismo, ao chegar ao poder, a partir da fundação do Estado de Israel, se revelou um regime retrógrado, racista e criminoso. A barbárie sionista repetiu, de forma contraditória, um genocídio planificado- aquele perpetrado pelos nazistas -, desta vez contra o povo palestino.
Como seria inevitável, um Estado, construído nessas distorções doentias da personalidade humana, logo transformou-se no principal instrumento do que há de mais apodrecido no imperialismo capitalista contra a revolução de libertação árabe, e pelo domínio da principal fonte energética contemporânea: o petróleo.
Da Proclamação de Independencia da Palestina, redigida pela OLP-Organização pela Libertção da Palestina, em 15 de Novembro de 1988, destaco o seguinte parágrafo que sintetiza de forma brilhante a razão humanitária pela qual deve sim existir um estado palestino independente e soberano: " O Estado da Palestina é o Estado dos palestinos, onde quer que eles estejam. É neste âmbito que eles poderão desenvolver suas identidades nacional e cultural, gozar da plena igualdade de direitos, praticar livremente suas religiões e exprimir, sem entraves, as suas convicções políticas ".
VIVA O ESTADO SOBERANO DA PALESTINA INDEPENDENTE!.
Jeferson Malaguti Soares
Ribeirão das Neves-MG
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários políticos