domingo, 26 de setembro de 2010

OS TUCANOS E O PARLAMENTARISMO

Até as eleições de 1989, quando o candidato tucano à presidencia era Mário Covas, o PSDB defendia o parlamentarismo como forma de governo mais adequada ao Brasil. De lá para cá nunca mais tocaram no assunto. Primeiro porque eles têm uma vocação enorme pelo poder absolutista, segundo porque sabem que num país onde o Parlamento é um antro de raposas de rapina não teria sucesso esse modelo, e terceiro porque sabem muito bem que hoje, tendo um presidente realizador como Lula , fica impraticável aprovar num plebiscito a mudança da forma de governo atual.
Na verdade também o PSDB sabe que os temores em relação a Lula, ao PT e a Dilma, são exagerados. Eles deixaram há muito de ser radicais. As questões que no passado amedrontavam os conservadores e afastavam os progressistas vão sendo esquecidas.
Até as eleições de FHC, as declarações dos candidatos eram genéricas e demagógicas. Tratavam apenas de dizer que se iria construir este ou aquele tipo de escola, que se iria melhorar a saúde desta ou daquela forma. Eram chavões. E nada se fazia. Eram promessas falaciosas e, na maioria das vezes impossiveis de serem cumpridas, sem contrariar os interesses dos poderosos donos do dinheiro, público e privado.
Com o advento dos governos Lula, idéias simples, claras e objetivas sairam do papel e tomaram corpo, toda a sociedade brasileira foi mobilizada e o governo fez e faz, sem que necessariamente prometa algo inverossímel, somente com o intuito de alcançar o poder.
O governo vem investindo pesadamente na educação. Criou 15 novas universidades federais e 45 novas escolas técnicas federais. Equalizou o piso salarial dos professores federais em um patamar muito mais digno. Está investindo na formação de bons professores. Implantou programas de educação informal para o povo, através do SUS, dos Postos de Saúde da Família e dos Programas Sociais, capazes de tornar cada homem num cidadão nutrido de conceitos básicos sobre higiene, ética, ecologia, educação familiar, comunitária e politica e a convivencia com a liberdade e a democracia.
Enquanto isto, os neoliberais se cercam de publicitários ao invés de educadores e escorregam nas subestimações das condições que deveriam enfrentar. O porta voz da direita e da burguesia nacionais, o ex-presidente FHC, com sua tola verbiagem prega que " acabar com a desigualdade não é tudo", numa tentativa desesperada de desmerecer os avanços do governo Lula, sem enxergar que as desigualdades são a origem de todos os males que nos assolam há mais de 500 anos.
Nada hoje será como antes, porque a história não é o eterno retorno com que sonhavam as elites.
Por essas e por outras torna-se ainda mais difícil se implantar o parlamentarismo no país.

Jeferson Soares
Neves-MG

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